Usos e Costumes

Oliveira de Frades encontra as suas origens num território com marcas de mar e serra.

Para quem vem do litoral, a zona de Aveiro é a porta principal de entrada nas serras do Caramulo, do Ladário, da Gralheira, a caminho das penedias de Aquilino e da Serra-mãe, a da Estrela. Com o Rio Vouga como símbolo maior dos seus cursos fluviais, tem ainda no Águeda, no Alfusqueiro e no Teixeira outros pontos de inegável interesse. Cruzando o seu espaço, a água impõe-se sempre.

Com tais motivos, não é de estranhar-se que os nossos primeiros povos tenham escolhido esta zona para a sua localização, desde há milénios. E desses tempos remotos, nos falam as muitas pedras com história que abundam por estas terras.

Essas gentes vieram e ficaram, aqui implantaram as suas impressões digitais nos castros, nas antas, nas vias de comunicação. Deixaram-nos pinturas de primeira ordem na Anta de Antelas, insculturas nas Benfeitas, no Castro da Coroa de Souto de Lafões, avançando, depois, para a construção de povoados que se tornaram imemoriais um pouco por todo o lado.

Há milénios, estas terras e montes foram disputados palmo a palmo por quem procurava um espaço de eleição. Uma imponente rede de estradas romanas cruzou estas nossas áreas. No meio deste território, ergueu-se, nos tempos de D. Afonso Henriques, o Couto de Ulvaria/Ulveira/Oliveira de Frades, onde os frades crúzios de Coimbra quiseram impor a sua influência.

Oferecendo magia nos seus rios, desfruta-se da nova e magnífica albufeira de Ribeiradio. As nossas praias fluviais de Destriz e, a breve prazo, novamente Sejães (Vouga), S. João da Serra (Teixeira), em Arcozelo das Maias (Gaia), a atração provocada pelas Barragens da Vessada do Salgueiro e todos os encantos da Serra do Ladário, com suas antas e mamoas, com o Posto de Vigia, de onde, com paciência, se pode descortinar o mar salgado de Aveiro. Lá bem no alto caramulano, a Bezerreira chama por nós.

Num turismo de portas abertas, é vir e ficar oferecendo-se:

– Castros do Castêlo, da Coroa, em Arcozelo e Souto de Lafões, Murado da Várzea (Reigoso), Anta Pintada de Antelas, de Paranho de Arca, de Paredes-Ribeiradio;

– Novas descobertas arqueológicas em função das escavações após a construção da Barragem de Ribeiradio;

– Troços de estradas romanas, Santuário de Nossa Senhora Dolorosa e sua Festa (Ribeiradio), monumentalidade histórica e patrimonial de Souto de Lafões, placa da Albergaria de Reigoso (1195);

– Moinhos e lagares de azeite, antigas adegas, aldeias típicas, casas senhoriais e palacianas (Fornelo, Quintela, Ral, Souto, Sejães, etc.);

– Um excelente Museu das Técnicas Rurais em pleno Centro Histórico;

– Festas populares, tradição folclórica e musical, festivais do Frango do Campo, feiras ancestrais, culinária e gastronomia de eleição, capacidade hoteleira de qualidade, comércio variado, atração empresarial;

– Roteiros e percursos pedestres;

– Programa “Descobrir Oliveira de Frades”;

– Doçaria, com as queijadinhas, os Pastéis D´Ulveira, as broinhas de ovos moles ou o manjar de mirtilo.

Com uma poderosa marca lafonense não desiste de se modernizar. Com Lafões na nossa mente e a Região Centro no coração.

Em Oliveira de Frades tudo é feito para que quem nos visite leve a ideia e o sonho – voltar sempre.

A Capucha

O que guarda o frio guarda o calor!!

A Capucha!!! Manto típico usado pelas gentes das terras altas do Caramulo, ainda hoje vistas entre as aldeias mais altas do Caramulo como Bezerreira ,Jueus, Malhapão de Cima, Almofala, etc.
Tudo leva a crer que as origens remontem ao Oriente, sendo trazida para a zona pelos árabes. Peça simples, feita de lã de ovelha conhecida tecnicamente como burel, apresenta uma diversidade tamanha de utilidades que vai desde a protecção contra o frio, chuva e neve do rigoroso clima serrano, passando pelo transporte de frutos da terra e acabando como base para as canastras ou enormes molhos de lenha que trazem ao ombro!!